quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Diretores conheceram novo sistema de avaliação

Diretores de escolas estaduais, pertencentes a 24ª Coordenadoria de Educação, conheceram novo sistema de avaliação


Os diretores das escolas estaduais da região conheceram nesta terça-feira (9), o novo Sistema Estadual de Avaliação Participativa (SEAP), em encontro na 24ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A Coordenadora Regional, professora Telda da Silva Assis, que dirigiu a reunião, sintetizou que o SEAP considera a complexidade do processo educacional, não avaliando somente o produto, mas sim todo o processo que envolve a aprendizagem e a prática pedagógica. “É uma avaliação qualitativa e que envolverá todos”, salientou.


Conforme a Coordenadora, pelo SEAP, todo o conjunto da rede de educação pública estadual – escolas, CREs e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) - será avaliado institucionalmente a partir deste ano por todos os membros que as compõem (alunos, professores, equipes diretivas, pais e responsáveis, servidores, gestores). Telda explicou que a avaliação vai envolver a comunidade escolar de forma coletiva, possibilitando o diagnóstico dos processos escolares, a definição e execução de políticas públicas e contribuindo para a melhoria da educação da rede estadual.  

            COMO OCORRERÁ - A avaliação deve ser realizada anualmente, entre outubro e dezembro, em três fases: escola, fase regional (CREs)  e fase estadual (Seduc). Os dados de todas as instâncias do sistema educacional devem ser inseridos em um sistema desenvolvido pela Procergs, a partir do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). O resultado da avaliação institucional será analisado por Instituições de Ensino Superior. A expectativa,é de que a primeira análise das IES esteja concluída ao final do primeiro semestre, com possibilidade de aplicação de políticas públicas a partir do segundo semestre de 2013.  

Importante: A intenção do governo estadual é construir, com o SEAP, um diagnóstico que permita explicar, compreender e decifrar o que está além do que o que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) tem mostrado sobre a realidade do Estado, porque o SEAP avalia todos os processos e suas relações com os resultados, além de fornecer instrumentos de gestão para a Educação pública estadual.  

PARA ENTENDER MELHOR: COMO É O NOVO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA REDE ESTADUAL

Composição:
O SEAP é composto por oito cadernos orientadores: cinco dirigidos às instâncias da Seduc – um orientador, um para escolas, um para CREs, um para o órgão central e um para alunos – e três relacionados com a política de recursos humanos – avaliação de docentes, de professores e especialistas e de diretores e vice-diretores de escolas.

O SEAP se divide em três pilares: diagnóstico e análise institucional (para avaliação de escolas, CREs e sede da Seduc) e avaliação do percurso individual.

Alunos
Em relação aos estudantes, haverá provas complementares às já realizadas através do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A partir de 2013, as áreas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza passam a fazer parte da avaliação, além de português e matemática, que já integravam. As provas serão aplicadas por amostragem em todas as regiões do Estado, em escolas que obtiveram desempenho baixo, médio e alto no IDEB.

Professores
Em relação a recursos humanos, o SEAP altera o Decreto 34.823/93, no que se refere à promoção de professores e especialistas em educação por merecimento, cuja pontuação passa a ter centralidade na formação inicial e continuada. O percurso individual, como é denominado no SEAP, conta com 20 indicadores, com cinco descritores cada. A promoção por merecimento se embasa em critérios de avaliação objetivos. O novo sistema de avaliação dos membros do magistério garante mais peso (64,88%) à formação continuada do que a aspectos disciplinares. Avaliação coletiva, percurso individual e aumento da taxa de permanência na escola também são aspectos valorizados.

Dimensões
O sistema se organiza a partir de seis dimensões de análise – gestão institucional, espaço físico, organização e ambiente de trabalho, condições de acesso, permanência e sucesso na escola, formação dos profissionais da educação e práticas pedagógicas e de avaliação. Cada dimensão gera indicadores, e estes têm cinco descritores – da situação ideal (valor 5), situação muito boa (valor 4), situação boa (valor 3), situação precária (valor 2), situação crítica (valor 1), além de Não Se Aplica (NSA). Escolas, CREs e Seduc terão sua avaliação feita a partir da análise das seis dimensões e respectivos indicadores e descritores.

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