*ROGER SPODE BRUTTI
O triste episódio ocorrido na Capital em que o mascote da Copa de 2014 foi danificado leva-nos a alguns questionamentos.
Em primeiro lugar, é lamentável o comentário de alguns participantes da manifestação no sentido de que a Polícia Militar haveria preferido proteger um “boneco de plástico” a proteger a integridade dos manifestantes. Se pensarmos assim, todo e qualquer manifestante pode danificar os bens públicos que bem desejar, sem que a Polícia possa impedi-lo!
Em segundo lugar, ao que parece, é mais fácil, por meio de uma lupa de R$5,00, comprada em um camelô, encontrarmos a hipotética partícula elementar bosônica proposta pelo físico britânico Peter Higgs do que encontrarmos a utópica linha de equilíbrio a qual seria, na visão de manifestantes sem noção de limites, o “ideal” entre o agir e o não agir da Polícia. Para resumir, a Polícia vive eternamente o seguinte dilema: se correr o bicho pega, se parar o bicho come!
Por fim, peço licença para, aproveitando esta deixa, tecer uma crítica a então homenagem providenciada para a Copa do Mundo de 2014, qual seja, um tatu-bola inflável. Por favor, será que o nosso País é tão pobre assim? Estamos diante do maior evento futebolístico em nível mundial onde o Brasil, intitulado País do futebol, será o protagonista. Não seria possível, pois, providenciarem-se esculturas com material resistente, para que essas alusões à Copa de 2014 permanecessem em definitivo nos nossos logradouros públicos, embelezando os olhos de quem as contemplasse?
*Delegado de Polícia Civil, lotado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Tramandaí/RS
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